Um espaço de inclusão, troca e transformação
Os índices de gestação na adolescência são alarmantes. No mundo, anualmente,
6 milhões de jovens entre 15 a 19
anos engravidam. No Brasil, a taxa de gestação indesejada gira em torno de 55%.
Entre as adolescentes, essa realidade representa alta taxa de evasão escolar
entre meninas e gastos de R$4,1 bi dos cofres públicos. O Nosso Instituto ressalta
a importância da educação sexual nas escolas para a prevenção de infecções
sexualmente transmissíveis; do acolhimento às meninas vitimas de coerção no
jogo sexual; da dificuldade de dizer não e impor limites; e do controle da
elevada taxa de gravidez indesejada entre as adolescentes.
Inconformadas com esse cenário cinco
cariocas se uniram para fundar um espaço de
acolhimento, respeito e acesso, no intuito de promover um enfrentamento a essa
dura realidade que compromete o futuro dessas jovens mulheres. Nasce, assim, o
NOSSO INSTITUTO, organização social, no Rio de
Janeiro, com projetos educativos, culturais e em saúde que têm como foco
promover acesso a direitos sexuais e reprodutivos.
“Em tempos em que
enaltecemos o empoderamento da mulher, torna-se inadmissível que esse imenso número
de jovens gestantes abram mão de seus sonhos em detrimento de uma gravidez precoce, por falta de informação,”
é o que explica a diretora executiva do Instituto Erica Tucherman.
Na esteira das ações de 2018, o
Nosso Instituto desenvolveu uma agenda de atividades para esse ano. O projeto Enfrentamento
à gravidez na adolescência visitará
escolas para falar com esses jovens. Nessa trajetória, a ginecologista Ana
Teresa Derraik, também diretora médica e responsável técnica do Nosso
Instituto, transmitirá informação qualificada, de forma aberta, sem eufemismos
ou rodeios, sobre temas como sexualidade; o corpo como potência de realização e
sonhos; prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e de gravidez.
Mitos e tabus sobre o uso de contraceptivos reversíveis de longa ação (LARCs)
são desconstruídos. Violência doméstica e velada também estão na pauta. Ao
término da palestra, as estudantes interessadas marcam consulta ginecológica,
onde terão oportunidade de escolha e inserção de método contraceptivo adequado
ao seu perfil.
“Nossos projetos investem na
esperança de um futuro com mais oportunidades para as meninas. Almejamos que
nenhuma menina deixe a escola para cuidar de um bebê nascido fora de hora. A
jornalista Flavia Oliveira concorda com elas, na coluna Mães Meninas https://oglobo.globo.com/cultura/maes-meninas-19030555,
ressalta a diretora de projetos da OS, Susana Lacevitz”
Nosso
Instituto: www.nossoinstituto.org
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