quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Yes, nós temos burlesco!

O país atravessa uma grave crise moral onde valores básicos, como o de ir e vir por exemplo, são diariamente
colocados em cheque. Diante de tanta arbitrariedade, violência e desesperança, um grupo formado por 20 artistas nacionais e internacionais sobe ao palco do Teatro Rival, do Cine Joia e do Cabaré Kalesa, no Rio de Janeiro, entre os dias 11 e 14 de maio, para expressar com extrema graça, sensualidade e irreverência, lançando mão de suas armas transgressoras – plumas, glitter, reboladas -, seu repúdio à passividade que se alastra. Convidamos então os interessados que compartilham desse sentimento a se enfeitar com vontade para participar da 3a Edição do Festival "Yes, nós temos burlesco!”- o grande encontro de burlesco do Brasil.                                                                                 

Idealizado pelas esfuziantes Delirious Fenix (foto)e Miss G, com o intuito de disseminar a cultura do burlesco no país, o evento que nesse ano vem inspirado na Tropicália, de Helio Oiticica, (que completa 50 anos, em 2017), promete se espalhar pela cidade com muito brilho, reboladas e provocação, nas transgressoras performances de artistas nacionais e internacionais convidados. "Resolvemos homenagear a Tropicália, não só o movimento musical, como a própria obra do Oiticica. É uma forma de mostrar a cara do burlesco brasileiro e de como somos antropofágicos”, dizem as organizadoras. 

O BURLESCO é um lugar onde você tem espaço para se expressar na máxima potência, e encontrar o que queremos dizer ao mundo como mulheres empoderadas! explica Delirious Fenix.

Durante quatro dias o Festival, ocupará o Cine Joia, o Teatro Rival e o Espaço de Dança Gisele Alvim, e realizará evoluções pelas ruas da Cinelândia, em frente ao Rivalzinho.

O Festival chega à terceira edição, já influenciando o cenário cultural carioca. Uma amostra disso são os documentários curta-metragem de Fabiano Cafure (diretor do Canal O Cubo) sobre as duas primeiras edições (em 2015 e 2016, respectivamente). Seu curta YNTB 2 será lançado um dia antes da abertura do Festival, no dia 10 de maio, no Centro Cultural da Justiça Federal.

A abertura oficial do Festivaldia 11 de maio, no Cine Joia,  é de tapete vermelho, e caracteriza uma das novidades dessa terceira edição. Na ocasião, haverá o pré-lançamento do documentário média metragem Burla, ou como fazer um corte barato? de Miss G. Nele, a artista retrata a residência artística realizada em Nova York, e o processo de criação do espetáculo Carne de Segunda - Burlesque Meat Show, em 2015.  O filme é a finalização do projeto de Miss G, que contou com apoio do Prêmio Rumos Itaú Cultural entre 2014/16. É um privilégio trabalhar com as grandes estrelas do burlesco - Julie Atlas Muz e Dirty Martini- , que me receberam em NYC e vieram para o Brasil realizar a peça. Mas o filme vai além disso: ele retrata como são as pessoas reais, os dilemas da vida, as relações humanas e tudo o que envolve você estar num outro país… Tem essas dificuldades envolvidas. Quis mostrar o além do glamour e dos figurinos, e por isso considero um filme interessante pra qualquer pessoa, e não somente fãs de burlesco”, revela a diretora. 

A exibição do filme será precedida do Cabaré Novas Divas do Burlesco, que apresentará ao Brasil suas jovens artistas que foram selecionadas para fazer da noite de abertura uma verdadeira celebração. Vamos reunir gerações diferentes da arte burlesca, com a presença de todo o elenco nacional e internacional na plateia.

No segundo dia de programação, também no Cine Joia, o público participará do making of da criação do numero de burlesco. O tradicionalíssimo coletivo The Burlesque Take Over, trará o show Devorando Carmem. Nessa obra, eles demonstram como construir um número de um ícone e não ser uma simples cópia, colocando algo de sua personalidade. Mergulhados na verve da Tropicália, que é a Antropofagia, eles passeiam entre vertentes do burlesco clássico, neo boylesque e fetiche. O coletivo pretende destrinchar suas três Carmens ao público, que terá a oportunidade de entender a possível mecânica em que  Sweetie Bird (foto), Black Rainbow e Sete de Ouros criam suas singulares e carismáticas performances.

E mais duas grandes atrações internacionais Tigger (NYC) e Indigo Blue (Seattle) se apresentam e contam suas experiências. Ele, Rei do boylesque e um dos precursores do movimento new Burlesque em NYC (1990), fala de sua vida e de arte. Já a antropóloga Indigo, revela sobre suas impressões ao Manifesto Antropofágico (Oswald de Andrade), um marco do movimento modernista brasileiro, além de uma das principais referencias da celebrada Tropicália.

Já no sábado, 13, será dia de reverenciar a tradição, mas já com olhar no futuro. A grande noite será no Teatro Rival, espaço dedicado por anos ao teatro de revista e rebolado. Hoje, por iniciativa da atriz Leandra Leal (patrona do festival), volta a ser um marco na história contemporânea de gêneros cênicos mais underground, como a arte drag e cabaré, e agora, o burlesco.  As organizadoras prometem uma noite glamourosa, recheada de atrações nacionais e internacionais, que atualizam o espírito da tropicália e da antropofagia. Além dos convidados Indigo Blue e Tigger o festival conta com um elenco variado, formado por burlescas, boylesques e draglesques do Rio, Curitiba, São Paulo, Santiago do Chile, Rosario, Las Vegas. “Somos brasileiras, e nossa cultura é antropofágica. 

Existe uma história do burlesco que é nossa. Queremos torná-la visível e incentivar que mais pessoas entrem para nossa comunidade! Esse é o espírito do burlesco, de união, que é para resistir à caretice dos nossos tempos e seguir inventando possibilidades de existir”, desabafa Miss G. Achamos necessário homenagear nossas pioneiras também, por isso dedicaremos essa noite à grande diva Rogéria e à vedete Jane di Castro, além da Leandra Leal, que é grande incentivadora da cena underground” diz Delirious Fenix. Como se não bastasse, o ator Luis Lobianco (Porta dos Fundos e Buraco da Lacraia) será o mestre de cerimônias da noite. Após o término dos shows, a noite segue com uma grande festa no Cabaré Kalesa, na Praça Mauá.

O Festival está sendo todo viabilizado por meio de uma economia colaborativa, contando com apoios e voluntariado. Há uma campanha de crowdfunding - https://www.kickante.com.br/campanhas/yes-nos-temos-burlesco-2017 - que visa cobrir os custos, e que está na reta final. Os apoiadores da campanha tem a oportunidade de receber recompensas e interagir mais com os artistas participantes.

Geometria do Lugar

Concebida a partir do diálogo de uma edificação - um galpão industrial antigo - e seus desdobramentos interpretativos com as relações de lugar e memória, a exposição Geometria do Lugar, apresenta cerca de 40 trabalhos do artista visual Petrillo, abrangendo diversas técnicas: desenhos, pinturas, fotografias e esculturas, na Almacén Thebaldi Galeria, no Casa Shopping, a partir do dia 20 de outubro.

Nessa mostra, com curadoria de Osvaldo Carvalho, o artista explora o esqueleto do telhado, o traçado arquitetônico, a partir do jogo de luz e sombra, em sua pesquisa de espacialidade de lugares. O traço presente em suas obras busca uma investigação poética, na recriação de lugares ou espaços que podem ou não existir.

Tal pretexto investigativo, pauta-se na fragmentação como um jogo de adivinhação. O simbolismo de fragmentar o telhado, assim como outras estruturas arquitetônicas deste lugar, resultam na abstração. As capturas fotográficas do celular revelam o desenho da trama de linhas projetadas no ambiente, como uma nova linguagem ainda não explorada pelo artista.

O conjunto dos trabalhos apresentados possibilitaram o exercício de análise do local, resultando na linguagem poética do redesenhar do espaço, do redesenho da Geometria do Lugar. Lugares estes que coexistem em nova formatação espacial, resultando de seu redesenho, do seu próprio traçado.

José Augusto Petrillo, formado em artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, e pós graduado em Design, é professor de desenho e plástica no curso de arquitetura do Centro de Ensino superior - CES/JF. Em 2002, o artista visual, fundou a renomada galeria Hiato, em Juiz de Fora. Participou de salões de arte, cursos, oficinas e exposições individuais e coletivas, no Museu Nacional de Belas Arte (2003), no Centro Cultural Correios (2004), no Centro Cultural da Justiça Federal (2007), além de individuais e coletivas nacionais e internacionais. Foi premiado na I Mostra internacional de Arte Brasileña - Salon Chileno em la Universidade de Taparacá em Arica (Chile).


Geometria do Lugar - Petrillo: Abertura dia 20 de outubro, às 18h. De 21/10 a 6/11, de seg a sáb., das 10h às 22h, dom. e feriados, das 15h às 21h. Galeria Almacém, Av. Ayrton Senna, 2150, bloco G - lojas F e M. - CasaShopping - Rio de Janeiro | RJ. Tel.: (21) 3325-3322 | 3325-8622 | diretoria@almacengaeria.com http://almacengaleria.com

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Queimados a ferro na Máquina do mundo

No próximo dia 24 de setembro abre as portas no Cosme Velho, o novo espaço de arte da cidade - o Z42 Arte. Nesse ambiente que transborda cultura, abriga sete ateliês, uma importante coleção, uma editora de arte, reside o atelier da artista plástica Maria Lucia Fontainha.

A mostra inaugurativa A máquina do mundo (poema de Carlos Drummond de Andrade), sob curadoria de Sergio Mauricio Manon e Clara Reis, segue a linha editorial da revista SANTART, com um projeto coletivo que mescla trabalhos de artistas emergentes com outros já consagrados. 

A artista plástica residente da Z42, que está lançando a fase Ferro e fogo se inspirou em trechos do poema para conceber a série sudário profano, com seis trabalhos que carregam um protesto poético de esperança e dor. “Nele, represento a dor através da impressão dos queimados, elevando o objeto profano ao status de instrumento de arte, do que ele imprime. Esses sudários femininos, que no seu simbolismo continuam impressos, com suas injustiças e desrespeitos profanos, desde sua ancestralidade, a violência contra a mulher é "defendida" verbalmente mas constantemente executada fisicamente”, explica.

Já na mostra universos paralelos, proporciona um mergulho mais profundo nessa fase Ferro e fogo, dentro do seu atelier. Lá ela expande ao alcance para todas as mulheres, transita por seu universo feminino, nas cinco obras da série epiderme impressa, que retratam o quente, o ferro, como simbolismo que tem em si o atavismo da história da mulher - suas dores, seu cuidado com os seus, os "vincos" que são passados e acertados, de seus filhos, de sua cria, de seus homens. Ainda escancara o significado das dores caladas, escondidas, que queimam por dentro, do arder e queimação do prazer, da força, da superação e do ir em frente, apesar das marcas.

A instalação sensorial Eucaristia, leva Maria Lucia a envolver o coração com tecido queimado, forrado com pães, para representar os prazeres e as dores de ser mulher. E, para melhor incorporação de seus sentimentos e suas virtudes a obra permite a interação do espectador, ao comer o pão, num ato antropofágico.

Maria Lucia Fontainha: A Máquina do Mundo e Universos Paralelos. Abertura para convidados: 24 de setembro, das 17h às 23h. De 25/9 a 18/12. De ter à sex das 11h às 19h. Sáb e dom de 12h às 18h. Rua Filinto de Almeida, 42, Cosme Velho. Tel. (21) 3269.3216.  www.z42arte.com.br. Entrada franca. Tel. artista: 98830.9301 lufontainha@yahoo.com.br @marialuciafontainha   facebook.com/marialucia.fontainha

Contato à imprensa: Luciana de Azambuja / Fatutti Comunicação / (21) 99966.8902


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Geometria do Lugar, comemora 30 anos da Almacén Galeria

            Concebida a partir do diálogo de uma edificação - um galpão industrial antigo - e seus desdobramentos interpretativos com as relações de lugar e memória, a exposição Geometria do Lugar, apresenta cerca de 40 trabalhos do artista visual Petrillo, abrangendo diversas técnicas: desenhos, pinturas, fotografias e esculturas, na Almacén Thebaldi Galeria, no Casa Shopping, a partir do dia 20 de outubro.

             Nessa mostra, com curadoria de Osvaldo Carvalho, o artista explora o esqueleto do telhado, o traçado arquitetônico, a partir do jogo de luz e sombra, em sua pesquisa de espacialidade de lugares. O traço presente em suas obras busca uma investigação poética, na recriação de lugares ou espaços que podem ou não existir.

             Tal pretexto investigativo, pauta-se na fragmentação como um jogo de adivinhação. O simbolismo de fragmentar o telhado, assim como outras estruturas arquitetônicas deste lugar, resultam na abstração. As capturas fotográficas do celular revelam o desenho da trama de linhas projetadas no ambiente, como uma nova linguagem ainda não explorada pelo artista.

             O conjunto dos trabalhos apresentados possibilitaram o exercício de análise do local, resultando na linguagem poética do redesenhar do espaço, do redesenho da Geometria do Lugar. Lugares estes que coexistem em nova formatação espacial, resultando de seu redesenho, do seu próprio traçado.

José Augusto Petrillo, formado em artes pela Univesidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, e pos graduado em Design, é professor de desenho e plástica no curso de arquitetura do Centro de Ensino superior - CES/JF. Em 2002, o artista visual, fundou a renomada galeria Hiato, em Juiz de Fora. 

Participou de salões de arte, cursos, oficinas e exposições individuais e coletivas, no Museu Nacional de Belas Arte (2003), no Centro Cultural Correios (2004), no Centro Cultural da Justiça Federal (2007), além de indvuduasis e colteivas nacionais e internacionais. Foi premiado na I Mostra internacional de Arte Brasileña - Salon Chileno em la Universidade de Taparacá em Arica (Chile).


Geometria do Lugar - Petrillo: Abertura dia 20 de outubro, às 18h. De 21/10 a 6/11, de seg a sáb., das 10h às 22h, dom. e feriados, das 15h às 21h. Galeria Almacém, Av. Ayrton Senna, 2150, bloco G - lojas F e M. - CasaShopping - Rio de Janeiro | RJ. Tel.: (21) 3325-3322 | 3325-8622 | diretoria@almacengaeria.com http://almacengaleria.com

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Dr. Rafael Higashi oferece equilíbrio global da saúde

O envelhecimento humano é um processo lento e progressivo que atinge as células, tecidos e órgãos. Esse processo, que começa por volta dos 30 anos, pode causar o aumento do cansaço, perda de memória, aumento da gordura corporal, diminuição da libido, da força e do tônus muscular. Então surgem as rugas e flacidez, além do aumento do risco de doenças crônicas como câncer, Alzheimer, infarto, depressão, osteoporose, artroses... A Clinica Higashi, em Botafogo, tem como objetivo amenizar o envelhecimento patológico através de um programa médico personalizado e global.

Há nove anos no Rio de Janeiro, Dr. Rafael Higashi, mestre em medicina, com especialidade em nutrologia e neurologia, revela a ciência do envelhecimento saudável com tratamentos que proporcionam a integração dos fatores que o organismo necessita e não são oferecidos pelo sistema de convênios - plano alimentar baseado na sua genética e taxa de queima calórica; suplementação vitamínica personalizada visando otimização para exercícios físicos; modulação hormonal, com ajustes finos de todos os principais hormônios do organismo; diagnosticar e, caso apresente, limpar  do organismo as principais toxinas do meio ambiente que estão influenciando negativamente; personalizar a orientação do exercício físico através da análise da composição corporal, através do exame de bioimpedanciometria e regularização do sono.

Até recentemente todo este processo era inevitável e irreversível, mas, com o avanço da tecnologia, médicos e cientistas descobriram fatores que podem amenizá-lo. Fundamentada no tratamento avançado de equilíbrio global o especialista lança mão de sua expertise e equipamentos de ponta para oferecer tratamentos avançados como a neuromodulação celebral não invasiva que é o uso de tecnologia eletromagnética para tratamento das desordens cerebrais como ocorre na depressão e na sequela do AVC.  Para o tratamento da dor crônica, o neurologista utiliza técnicas especiais de injeção com substâncias especiais, na origem do problema, como na artrose do joelho, dor na coluna, dor no ombro, entre outras.

A Clinica Higashi, conta com um atendimento de excelência. Formada por uma equipe apta/treinada a atender prontamente às necessidades do paciente, com a realização de check lists permanentes, apresentam resultados que incluem restaurar os níveis de energia e vitalidade quando alterados; otimizar a performance sexual; reduzir a gordura corporal; aumentar a massa muscular; aumentar o metabolismo cerebral; elevar a capacidade físico-respiratória; melhorar a aparência física; obter máxima qualidade de vida; reduzir o risco de doenças do envelhecimento como câncer, infarto, Alzheimer, entre outras. 

Sobre o Sobre Dr. Rafael Higashi

Mestre em medicina (UFF), neurologista e nutrólogo com residência médica em neurologia pela UFRJ e nutrólogo com título de especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB - ABRAN), tem especialidade no exterior em tratamento do envelhecimento pelo Cenegenics Medical Institute e tratamento da dor no Centro Médico da Universidade de Nova York (NYU Medical Center). Atualmente é diretor médico da Clínica Higashi do Rio de Janeiro localizado em Botafogo. A Clínica Higashi também existe em Londrina há quase 50 anos fundado pelo seu pai Dr. Tsutomu Higashi. 

Clínica Higashi: Real Medical Center , na Rua Real Grandeza, 108 – sala 226, Botafogo. Tel.: (21) 3439.8999 e 98208.4972. Horário de funcionamento: De seg. a sex., das  8h às 12h  e das 14h às 18h. sáb. das 8h às 12h. www.clinicahigashi.com.br  Facebook: higashiclinica.

terça-feira, 28 de junho de 2016

A leveza e desconstrução de Relações e projeções

Após mais de 15 anos de intensas e múltiplas experiências artísticas a defensora pública Simone Mendes, que faz da arte uma busca pelo seu equilíbrio, lança no próximo dia 14 de julho, às 19h30, a sua primeira individual intitulada Relações e Projeções, no Espaço Cultural da Defensoria Publica ADPERJ, no Centro do Rio.
Na mostra que conta com a curadoria de Fabiano Cafure e texto de apresentação de Raquel Lazaro, a artista deixa de lado, temporariamente, sua até então forte e diversificada paleta de cores e parte para o desafio de explorar o universo onde predominam apenas as cores primárias e neutras - o preto e o branco. Explora o universo infindável de relações entre elas e projeções a partir delas. Observar a tensão que consegue, a partir do impacto dessas matizes reduzidas no público, foi o ponto de partida dos estudos.
Nas 30 obras criadas à mao livre, em acrílico sobre papel, rompe a resistência a essas cores relacionadas entre si, que reduzidas proporcionam mais leveza e desconstrução do trabalho estanque. Essa circulação da energia está evidente nas três séries que compõem a exposição. A primeira reflete uma fixação dos tempos remotos da infância da artista pelas caixas, propondo então um rompimento do padrão cartesiano, que lhe permite expandir uma limitação, extrapolando a comunicação. Progressivamente o trabalho foi clarificando uma desconstrução, buscando a suavidade das formas, partindo de um ponto robusto com estrutura pesada, passando pelas esferas que se mesclam com árvores fluidas, e enfim retornando a sua própria referência original, porém, desta vez, com extrema delicadeza.
Em sua trajetoria artística transitou em diferentes técnicas e temas, recebeu influência de Tápies, Rotcko, cursou Parque Lage com Anabela Geiger e Fernando Chocciarale, explorou materiais diferentes como a encáustica com Katie Van Sperphenberg, até montar o atelier no Instituto Kreatori em 2014 onde desenvolveu seu mais recente trabalho.
A defensora pública busca na arte uma forma de contrabalançar o seu cotidiano permeado pela tragédia social, a brutalidade humana e o descaso, que transmuta com leveza as formas e conceitos. “Noites são em regra o palco do meu trabalho, onde e quando me vejo mais silente, e a mente e o gesto se encontram de forma mais harmônica e consciente, Onde há paz”, explica.

Relações e Projeções, de Simone Mendes: Abertura dia 14 de julho, às 19h30, na ADEPERJ, Rua do Carmo, 7/ 16o andar – Centro. Telefone: 2220.2527. Visitação de 15 de julho a 15 de agosto, de segunda a quinta, das 11h às 16h. 
Contato à imprensa: Luciana de Azambuja / fatutticom@gmail.com /

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Técnica oitocentista de fotografia volta à cena - Os daguerreotipistas estão voltando

A fotografia nos transporta através do tempo. Uma técnica oitocentista de fotografia, ainda pouco conhecida no Brasil, - o daguerreótipo - será revelada através de cinco oficinas, a partir do dia 8 de julho, no Estúdio do Século XIX, em Lumiar, na bucólica região serrana no Rio de Janeiro. Lá, os amantes da fotografia descobrirão os segredos da "placa mágica", em imersões coordenadas por um dos raros especialistas na técnica - Francisco Monteiro da Costa - fotógrafo, conservador de fotografia e daguerreotipista.
No workshop, o único do gênero no Brasil, Francisco transmitirá seu conhecimento aprimorado nos últimos 16 anos, com o objetivo de oferecer um panorama integral desta técnica fotográfica e permitir que cada aluno participe do processo - desde o polimento da placa de cobre até obter a imagem sobre a prata.
O primeiro processo fotográfico, desenvolvido por Louis Jacques Mandé Daguerre, publicado pela Academie des Sciences de Paris em 19 de agosto de 1839, o daguerreótipo surpreendeu o mundo com a sua capacidade de reprodução da realidade, apresentando uma definição jamais superada por outra técnica.
Por se tratar de fotografia em positivo direto as obras se destacam pela unicidade, O principal propósito do artista é desenvolver uma linguagem usando essa técnica, trazendo assuntos abordados que fazem referência a ícones nacionais como a banana e a mandioca, que dialogam com a atemporalidade.
“A técnica apresenta a pesquisa que venho desenvolvendo nos últimos 20 anos para fazer daguerreótipos no século XXI”, ressalta o especialista que credita à busca da melhor qualidade, sobretudo pela classe artística, a razão de retorno a essa técnica usada no Brasil, inicialmente, por D. Pedro I para fotografar o príncipe da Prússia.
Contudo, reconstruir uma técnica fotográfica esquecida e pouquíssima revisitada na modernidade apresenta um alto grau de dificuldade: desde o levantamento bibliográfico, adaptação de equipamentos e infra-estrutura adequada. Isto motivou Francisco a dar início à construção de um estúdio voltado para as técnicas do século XIX, com todas as condições para se refazer os processos históricos – pesquisa importante para a conservação de acervos fotográficos.
Para os interessados em aprofundar o conhecimento da técnica as próximas oficinas serão nos dias 08, 15 e 29 de julho e 19/8 (dia internacional da fotografia) e 9/9 - em seu estúdio, em Lumiar. Nela, durante um final de semana, cada participante (grupos de 8) terá acesso a todo o processo.
Além da oficinas, em setembro, o Atelier da Imagem, na Urca, também prestigiará a técnica na exposição Tempo Improvável, com daguerreótipos e impressões em papel com reinterpretações de alguns daguerreótipos, com curadoria de Marcia Mello, da Tempo Fotografia.

Oficinas de Dag de Francisco Moreira da Costa: Estrada Serra Mar, sem número, Santa Luzia, Lumiar. Serão cinco finais de semana de oficinas, sendo três em  julho, uma em agosto, e uma em setembro. Todas começam na sexta às 20h e vão até domingo às 19h e estão distribuídas assim: Primeira – de 08 a 10 de julho; Segunda de 15 a 17 de julho; Terceira de 29 a 31 de julho; Quarta de19 a 21 de agosto; e Quinta de 09 a 11 de setembro. Inscrições em  estudioseculo19@gmail.com. Tel: (21) 99706.3595. facebook: estudio século XIX, valor : R$680 pelo final de semana. Cada oficina terá com oito participantes.

Exposição Tempo Improvável; Abertura dia 2 de setembro, na Sexta Livre, às 19h horas, no Atelier da Imagem, Av. Pasteur, 453 - Urca, Rio de Janeiro, Tel.: 2541.3314. De 3 de setembro a 5 de novembro. De segunda a sexta, das 10h às 22h, e sábados das 10h às 16h.

Contato à imprensa: Luciana de Azambuja (21) 99966.8902/ fatutticom@gmail.com