quarta-feira, 29 de novembro de 2017

26 anos bem temperados

É festa no Skunna!! Eleito pelo premio Água na Boca Barra 2017 como melhor restaurante de frutos do mar de toda região, a tradicional casa, em Vargem Grande, se dedica a essa especialidade há 26 anos.  Para celebrar, receberá seus clientes e habitués, no próximo dia 2 de dezembro, com duas receitas inéditas: o trio do mar, formado por vieiras, cavaquinhas e camarões grelhados, com molho especial a base de manteiga e ervas de Provence, acompanhado de arroz o  coco ou risoto de limão siciliano (R$87/individual e R$165/2 pessoas) e o camarão do Caribe (R$68/individual e R$130/2 pessoas). Para brindar, os clientes serão recepcionados com uma taça de vinho tinto ou branco; à sua escolha! A noite será embalada por MPB e bossa nova ao vivo, com Israel Lobo & Karoll Cindra.

O Skunna, fundado em novembro de 91, vem mantendo o mesmo bom tempero da culinária clássica, mas sem frescura. Comandado pelo “cozinheiro” Aylton Oliveira que, em 2008, fez estágio na escola de gastronomia de Lyon, teve como mestres Zé Hugo Celidônio, Flávia Quaresma e Dolores Rezende, já realizou festivais com comidas típicas da Bahia, Goiás, Pará, e até um festival Sírio. Há 16 anos, o chefcompõe a irreverente mesa da Confraria da Porrinha que reúne dez restaurateurs para um bom papo regado a receitas da casa anfitriã e selecionados rótulos de vinho. 

O atendimento do sempre presente chef Aylton e o prazer de relaxar e desfrutar disso tudo num ambiente bucólico são alguns dos segredos da longevidade. Não à toa a casa é frequentada por celebridades como Ingrid Guimarães, Eduardo Paes, Christiane Torloni, Cauã Reymond e Haroldo Costa entre outros que lá saboreiam suas receitas favoritas.

Sempre atento, Aylton escutou a forte demanda de seus clientes, que pediam um ou mais pratos para levar para casa, e acaba de lançar os Congelados Skunna. Foram selecionadas seis deliciosas receitas de sucesso disponíveis no cardápio do Skunna - feijoada de frutos do mar, bobó de camarão,  arroz à Skunna, estrogonofe de camarão, camarão ao molho de laranja com arroz de coco e purê de batata baroa e a feijoada tradicional (todos ao preço de R$40,00, com exceção da feijoada tradicional, que custa R$35,00).

 Lançou, também, uma nova filosofia para as noites de sábado - o "c'est suffit" (dez pratos redimensionados para atender individualmente ao apetite dos clientes com um custo reduzido) e, para o almoço das quintas e sextas-feiras (exceto feriados), o Menu Skunna Executivo (uma seleção de seis pratos caseiros e individuais com uma mini salada de cortesia, com preços que variam entre R$29,00 e R$36,00). Além disso, toda semana, um prato do variado cardápio do restaurante é escolhido e, às quintas e sextas-feiras, é servido (para duas pessoas), com um desconto de 40% sobre o valor do cardápio.

Além dos pratos tradicionais, podemos destacar alguns exóticos como a feijoada de frutos do mar, o camarão ao  Gruyere, o camarão tailandês com talharim de arroz; e  algumas inusitadas criações caseiras, como a  terrine de frutos do mar,  polvo grego, e as vieiras ao molho de ervasPara os clientes saudosos do sabor de antigamente, sugere os deliciosos camarão com chuchu; o estrogonofe de camarão; e o angu à baiana do mar (individuais).

SKUNNA 26 ANOS: Único restaurante da região com ar condicionado, Estrada dos Bandeirantes, 23.363 - Vargem Grande. Tel. 2428.1213. Funcionamento: 5ª, das 11:30h às 24h, 6ª e sábado 11h30 às 00:30h, e domingo das 11h30 às 19h. Aceita Amex, Elo, Dinners, Mastercard, Maestro e Redeshop. Estacionamento no local. Atualmente conta com um ambiente para as crianças, banheiro para cadeirantes. Grupos Fechados: Atendemos também a jantares ou almoços na residência ou na Empresa.  Delivery: Nos Bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio, Barra da Tijuca e São Conrado. Não aceita cartão Visa. Chef em casa com estrutura para atender até 300 pessoas, faz eventos como almoços, jantares e coquetéis de aniversário, casamento e batizado.  www.skunna.com.br / Instagram:@restauranteskunna  www.facebook.com/restauranteskunna 

Luciana de Azambuja / Fatutti Comunicação (21) 99966.8902 / fatutticom@gmail.com

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Exposição "Faces" encanta os cariocas





Depois de dois meses ocupando o Espaço Furnas Culturalem Botafogo, a exposição Faces, do fotógrafo baiano Alvaro Villela, se despede do Rio de Janeiro com a sensação do dever cumprido: além da resposta positiva do público, que compareceu em grande número, a proposta foi compreendida integralmente, a julgar pelo interesse e entusiasmo das pessoas nas visitas guiadas, algumas das quais com a presença do autor.

Apresentado 15 expressivos e reveladores retratos em preto e branco de habitantes de comunidades quilombolas de Barra e Bananal, na Chapada Diamantina, na Bahia, além de uma carta de alforria do século 19, Faces, segundo Alvaro Villela, dialogou facilmente com o público carioca: “Eles enxergaram e sentiram a exposição, uma vez que, além das imagens, a proposta sinestésica, que reproduzia sons ambientes captados nas noites dos quilombolas, associadas à disposição da luz, garantiu o êxito de um projeto que se apresenta também como uma instalação”.

Ainda segundo Villela, não somente os cariocas, mas acho que qualquer um no Brasil, diante das dificuldades vividas, entende o sentido da proposta, que se pauta na resistência através da busca de uma identidade: “O Rio de Janeiro é formado por muitos quilombos simbólicos, como se percebe nos morros e na vida da sua própria gente, muito cara às suas tradições, o que criou uma interação fácil com a nossa proposta”.

Ainda segundo Villela, independentemente do seu valor artístico, Faces se faz, queira ou não, um grito de alerta diante da grave instabilidade política pela qual passa o Brasil, que dá sinais de retrocesso na aplicação de projetos e ações reparatórias que privilegiavam indígenas e descendentes de escravos, por exemplo. “Há pouco mais de quatro meses, na Chapada Diamantina, foram assassinados seis moradores de comunidades quilombolas, crime que entrou apenas nas estatísticas”, diz.

Assim, em tempos nos quais importantes temáticas envolvendo a questão do povo negro no Brasil ganharam os holofotes, como foi o caso da celebração ao escritor carioca Lima Barreto, homenageado recentemente na Flip, em Faces, questões artísticas à parte, vai estar exposto um lado da tragédia, com toda a complexidade que a cerca.

Fotógrafo etnográfico, como comprova o seu projeto desenvolvido junto aos índios pankararé, do Raso da Catarina, no sertão da Bahia, entre outros, ainda que não goste de se sentir aprisionado por rótulos, Alvaro Villela aproximou-se das comunidades quilombolas da Chapada Diamantina em 2007 no intuito de entender e documentar suas tradições culturais e religiosas e verificar se elas ainda preservavam traços ancestrais.  

No entanto, diante da percepção de que tais heranças foram diluídas no interior de certos maneirismos, inclusive com a presença de religiões que não eram de matriz africana, Villela vislumbrou no retrato uma forma de discutir tal distanciamento da cultura ancestral.

Após anos de interação com as comunidades, ele improvisou um estúdio na casa de uma moradora entusiasta do projeto. Apesar da resistência inicial e utilizando-se de um fundo negro e da iluminação gerada por uma tocha, fotografou residentes de todas as idades, os quais acabaram se rendendo ao se verem retratados.

Passados 10 anos desde a primeira incursão de Alvaro Villela nos territórios quilombolas, a exposição no Rio de Janeiro, não apenas pela força das suas imagens, como também pelas dificuldades e desafios enfrentados por tais comunidades, funcionou como um ato de resistência e de afirmação de certos valores do povo negro, que ainda hoje busca um espaço digno no Brasil.

Apesar de consciente do viés antropológico e sociológico da exposição, Alvaro Villela também destaca em Faces o seu sentido enquanto expressão artística contemporânea, sinestésica, de uma composição que ganha força a partir da percepção de quem elaborou e construiu as imagens juntamente com o desprendimento de quem pousou, de quem invocou através da expressão uma ancestralidade perdida.



FACES: Até dia 29 de outubro. Espaço Furnas Cultural, R. Real Grandeza, 219 - Botafogo. Tel.: (21) 2528-3112. De terça a sexta das 14h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 14 as 19h. Entrada grátis. https://www.facebook.com/exposicaofaces/

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Arquitetando em Búzios - volumetria e telhado de cerâmica marcam estilo local que atravessa gerações

Um breve sobrevoo pela península da Armação dos Búzios revela, além das belezas naturais, a sua principal caraterística arquitetônica – uma cidade baixa.  Isso se deve à volumetria das edificações em dois gabaritos e seus clássicos telhados em cerâmica. 

Todas as construções devem respeitar o limite máximo de dois pavimentos, sendo a taxa de ocupação da sobreposição (segundo pavimento) parcial,  evitando os chamados "caixotes".  Além de horizontalizar da cidade, o charme se intensifica com a preservação das coberturas em telha cerâmica, remanescentes da então colônia dos pescadores, que conservam o "estilo Búzios", proporcionando maior harmonia no balneário.

O estilo colonial do telhado defendido com afinco, inicialmente, pelo arquiteto Octavio Raja Gabaglia, foi logo incorporado também por Arthur Carlos Costa, Chico Sales, Paulo Guilherme e Ricardo Guterres, entre outros. Ganhou corpo ao ser adotado pela geração seguinte de Alejandra Garzuze, Alice Passeri, Antonio Amaral, Roberto Aracri, Sandra Gnattali, que bateram o martelo e passaram essa expertise para a geração muito atuante hoje de Ana Luiza Gnattali, Andrea Bungarten; Daniel Lobato Costa, Gisele Ribeiro, Guido Campanate, Paula Medina, Pedro Campolina, Sylvia Schlemm... Essa bandeira defendida por Zanine, que emociona a cidade, será adotada pela nova “fornada" de jovens arquitetos - Isabela Amaral, Catalina Garzuze, Gabriel Acacri e João Teixeira -, filhos da cidade, que assegurarão a continuidade da boa arquitetura buziana, mantendo a forma e, possivelmente, utilizando recursos mais ecológicos. Essa geração transportará o conceito aplicado em Búzios para além das fronteiras da cidade.

Essa trajetória e outras curiosidades poderão ser conferidas através de fotos, vídeos, ambientes, quadros, instalações, objetos de design, maquetes, técnicas construtivas.... exibidas na exposição Arquitetando em Búzios, até o dia 20 de agosto, no Espaço Zanine, que traz a essência desse total de 706 anos experiência, dos 25 expoentes da arquitetura local.  Outras características marcantes do estilo de quem vem “arquitetando em búzios” são a exploração da beleza e iluminação naturais.

Lá mostramos a casa sustentável (com biodigestor) da Gisele Ribeiro, a restauração pelo arquiteto Arthur Carlos Costa, da Caza do Sino, uma central e distribuição de sal, hoje patrimônio histórico tombado; o paisagismo de Paulo Pinto, as construções de eucalipto e bambu de Antonio Amaral; arquitetura intuitiva de Guido Campanate; as sofisticadas construções residenciais de Roberto Aracri; a profunda pesquisa da Gnattali arquitetura, dedicada ao Hotel Vila da Santa, nos Ossos, que reproduz uma vila mediterrânea; o ambiente decorado pelas arquitetas Schlemm&Bungarten; a instalação de cubos e vertentes da arquitetura de Laura Vivacqua; os conceitos contemporâneos de reciclagem por Alejandra Garzuze; os elementos naturais da arquitetura contemporânea de Paula Medina; projetos de relevância de Chico Sales; os projetos de arquitetura paisagística de Campolina; os projetos residenciais e comerciais que aliam conforto à praticidade, por Daniel Lobato Costa; a implantação primorosa das casas de Octávio Raja Gabaglia, a arquitetura de interiores, móveis desenhados, espaços comerciais além de residências de Paola Acatauassú, os traços simples e marcantes de Leonardo Maffia; o conceitos de espaço, luz e natureza de Ricardo Guterres; as intervenções provocativas das pinturas de Morgana Souto Maior; as pinturas de Hernan Katz; os espaços minimalistas e otimizados, quase como arquitetura naval de Paulo Guilherme; a pousada ecológica Janelas para o Mar de Helena Oestreich e muito mais.

Escola de Artes Zanine – Ao lado do prédio da Prefeitura de Búzios está localizado o último projeto de arquitetura realizado pelo artista baiano, José Zanine Caldas, mestre em madeiras. Inaugurado em julho de 2016, o espaço vem abrigando exposições permanentes de artistas buzianos e convidados, além da realização de oficinas regulares de arte.

Arquitetando em Búzios: Escola de Artes Zanine. Visitação de 22 de julho a 20 de agosto, de segunda à sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 16h às 18h horas. Outras informações sobre a produção do evento, falar com Luciana Fajardo & Flory Menezes (22) 99874-3602. Grátis.

Arquitetando em Búzios: Escola de Artes Zanine. Estrada da Usina s/n. Abertura para imprensa e convidados em 21 de Julho, das às 18h às 22h30. Visitação de 22 de julho a 20 de agosto, de segunda à sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 16h às 18h horas. Outras informações sobre a produção do evento, falar com Luciana Fajardo & Flory Menezes (22) 99874-3602. Grátis. Classificação livre. Estrada da Usina, s/n, ao lado da Prefeitura. Estacionamento ao lado. 

Assessoria de imprensa:
Fatutti Comunicação - Luciana de Azambuja (21)99966-8902 - nacional
Premissa Assessoria - Maria Werneck (22) 99201-0567 – regional

Cenas - um diálogo com a vida

Cenas, um diálogo com a vida, mais do que um livro convencional, propõe uma experiência de humanidade auxiliada pela Medicina Narrativa. Lá estão narrados registros de memórias dos momentos cotidianos de uma médica paliativista em seu convívio diário, durante 15 anos, com doentes em luta contra o câncer. Nele, Dra. Lorraine Veran revela, de forma poética, a proximidade com a morte; a emoção e o acolhimento. Essas memórias serão resgatadas com o lançamento do livro, no próximo dia 27 de Setembro, quarta-feira, às 18h na Casa da Medicina, na PUC-Rio.

Cenas... fala da vida real em formato literário, com momentos povoados por expectativas, anseios, medos, desejos. Do malabarismo das emoções e o dia a dia desses 65 pacientes que redescobrem a vida de outra forma – através da dor – falam, principalmente, da difícil arte de viver e aceitar a morte, da luta pela vida e pela dignidade e serenidade.

A autora Lorraine Veran confessa que a proximidade com a literatura se juntou ao desejo de perpetuar as histórias que ouve e de que participa no dia a dia do oficio. “A nobreza do ato médico revelado dentro da humanidade que buscamos”, ressalta. “A literatura e a medicina são culturas compartilhadas (Dr. Moacyr Scliar). 

A origem da sua escolha profissional é precoce, ocorreu durante a infância. “A minha inspiração surgiu quando, ainda criança, tive que lidar com o sofrimento de minha avó materna, vítima de uma doença sem cura,” lembra a medica que define a medicina como a arte de mitigar o sofrimento, dentro de uma dimensão total do ser humano. Este foi meu ponto de encontro com a ciência”. Como disse Pablo Picasso: “Eu não procuro, eu encontro”.

Cenas é dirigido ao grande público: um livro de contos romanceados, baseados na prática da medicina narrativa, que trazem histórias de pacientes com câncer. Ali, alegria, humor e o lado lúdico estão presentes. Este gênero literário vem tendo grande difusão nos EUA e Europa desde os anos 1970, ajudando a todos, inclusive os profissionais de saúde, a compreender e lidar com questões relevantes à sociedade contemporânea. 

Referência da Medicina Narrativa, a professora Rita Charon, da Universidade de Columbia, em Nova York, impulsionou o movimento literário que faz uso das histórias médicas como ferramenta terapêutica de grande eficiência. Em seu mais famoso livro, Honoring the Stories of Illness, lançado em 2006, ela reforça a grande proximidade entre a literatura e a medicina, e foca na espetacular transformação da prática médica através das narrativas dos pacientes. 

Malmente, Cenas... não tem caráter científico ou, pelo extremo oposto, não é auto ajuda. O objetivo principal deste projeto é apresentar, em forma de contos, histórias de pacientes com câncer, desmistificando a doença e mostrando o lado humano e bonito da relação médico-paciente. O médico, afinal, sendo um elo entre a tecnologia desenfreada e as emoções humanas. 

Dra. Lorraine Veran, se formou em Medicina pela Escola de Medicina Souza Marques, em 1992. Fez residência médica em Clínica Médica e Endocrinologia, e é especialista em Terapia Intensiva (TE AMIB). Pós-graduada em Cuidados Paliativos no Instituto Paliar, em São Paulo, atua há 15 anos como médica hospitalista na área de oncologia. Escritora de poesia lírica, adota a Medicina Narrativa como ferramenta de humanizaçãp na sua relação com os pacientes.

CENAS - um diálogo com a vida: Dra. Lorraine Veran. Lançamento dia 27 de Setembro, 4a feira, às 18h, na Casa da Medicina/PUC-Rio, Estrada da Gávea, 36. Estacionamento. R$50,00. Editora Vertente. ISBN 978-85-8208-101-3.


Contato Imprensa: Luciana de Azambuja / (21) 99966.8902 / fatutticom@gmail.com