quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

ABFIT oferece curso completo on-line de Fitoterapia


O Brasil abriga a maior floresta tropical do planeta, que contempla significativa diversidade animal e vegetal. Contudo alcançamos o topo do ranking mundial em ineficiência na exploração dessa biodiversidade.


Pesquisadores constataram que, das cerca de 250 mil espécies vegetais existentes, 55 mil se encontram em solo brasileiro, muitas delas originárias de ecossistemas exclusivos do território brasileiro, e que não ocorrem em nenhum outro local do mundo. Distribuídas pela Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica, admite-se a existência de muitas espécies ainda desconhecidas da ciência. Todavia, o mal aproveitamento econômico no emprego dessa imensa riqueza natural é uma triste constatação. “É urgente fazer uma profunda reflexão sobre a ineficiência no aproveitamento de nossas abundantes potencialidades naturais”, afirma Dr. Alex Botsaris, presidente da ABFIT - Associação Brasileira de Fitoterapia.

Um dos principais exemplos de descaso do Governo brasileiro está na falta de organização e ineficiência da pesquisa e desenvolvimento aplicados às plantas medicinais. Essas plantas possuem uma farta informação tradicional de uso humano que permite a orientação de pesquisas. Entretanto, apesar de um número significativo de publicações, não conseguimos patentear nenhuma inovação, ou oferecer à sociedade nenhum produto aplicável na área da saúde. As plantas ainda representam um reservatório enorme de moléculas com arquitetura química inovadora e grande potencial de uso em medicina; veterinária; cosmética; indústria de alimentos; e química de produtos naturais, - todos mercados de valor inestimável. Mas até hoje não registramos nenhum caso de sucesso em produtos com significativo retorno financeiro.

Um bom exemplo é o Jaborandi, que teve sua extração explorada como commodity, com plantações no nordeste brasileiro foram, posteriormente, abandonadas para produção no exterior. Resultado: a pilocarpina, molécula descoberta na nossa flora, foi exclusivamente explorada pela indústria farmacêutica, com benefício quase nulo para o país.  Atualmente a pilocarpina caiu em domínio público e deixou de ser uma molécula com forte interesse comercial.

Já outros países (alguns até na América Latina) que implantam políticas eficientes de estímulo ao aproveitamento da biodiversidade, colecionam exemplos de sucesso. É o caso de Peru, Argentina, Chile e Costa Rica  - países que possuem programas de aproveitamento da riqueza natural eficientes e rentáveis. O primeiro fitoterápico aprovado nos Estados Unidos no FDA, por exemplo, resultou de uma parceria de pesquisadores peruanos, equatorianos e americanos, tendo parte da patente revertida em prol dos países latino-americanos.

Na outra ponta situa-se o Brasil, um dos campeões mundiais de denúncias de biopirataria. Citamos o exemplo da Espinheira Santa; uma das plantas medicinais mais usadas aqui, cujas substâncias químicas foram patenteadas por pesquisadores japoneses. Casos recorrentes como esse não recebem qualquer retaliação oficial brasileira, gerando uma impunidade que agrava o problema, com perdas irreparáveis. Assim como esse exemplo outras plantas brasileiras foram patenteadas no Japão e nos Estados Unidos.

A OMS reconhece a fitoterapia como método terapêutico eficaz e recomenda aos países membros que formem profissionais capacitados a prescreve-la, o que não vem sendo observado em nosso país. Na visão da ABFIT, uma das principais causas desse desinteresse é a falta de capacitação dos profissionais de nível superior em fitoterapia, resultando na carência de áreas formais de ensino e pesquisa no ambiente universitário. Não existem, na maioria dos cursos universitários, matérias na grade curricular que abordem o tema. E por não constarem do currículo de profissionais da saúde, supostamente capacitados a prescrever, os programas de inclusão de fitoterápicos no SUS não evoluem.

Conscientes desse desafio os especialistas que compõem a ABFIT desenvolveram um curso online – EAD: Curso de Capacitação em Fitoterapia –, que oferece um treinamento de alta qualidade aos profissionais interessados nessa área. Baseado nos moldes do curso presencial da Associação – o mais antigo e completo do mercado - ensina as regras de associação de plantas, com uma abordagem mais profunda, garantindo maior segurança para o aluno prescrever. O material on-line funciona como uma apresentação, com sugestões de leitura, contato com os tutores via Skype ou Messenger, além de provas e exercícios on line e trabalhos escritos solicitados pelos professores do curso. Na sequencia é oferecido um módulo prático opcional, presencial.

A versão online além de garantir a mesma qualidade de conteúdo oferece mais algumas vantagens importantes - custo reduzido do valor das mensalidades; confortos com a flexibilidade de horário para o aluno assistir a aula e de não precisar se deslocar, ganhando tempo e qualidade de vida. Isso é compensado com mais trabalho para casa, o que faz com que o tempo do estudante seja melhor aproveitado.

ABFIT: Contato: Regina Casales http://www.abfit.org.br/cursos-e-eventos, Inscrição pelo email: abfit@abfit.com.br, ou tel: (21) 3349-5718  

Assessoria de Imprensa: Luciana Azambuja (21) 99966.8902 fatutti@gmail.com